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De Nutricionista para Engenheira de Dados

Atualizado: 8 de dez. de 2020

Engenheira de Dados Sênior, Gláucia nos conta sobre sua trajetória desde sua formação em Nutrição até sua virada profissional na área de tecnologia.


Olá mundo! Você pode se introduzir para nós?


Olá! Meu nome é Gláucia, sou formada em Nutrição e atualmente trabalho como Engenheira de Dados


Gosto de jogar videogames, ouvir música e ler nos tempos livres.


Tenho 2 cachorros que sou apaixonada e não sei viver sem!



Por que você decidiu estudar Nutrição? O que te fez querer mudar de carreira, e por que escolheu tecnologia?


Acho que eu sempre gostei de tecnologia e computadores desde cedo. Terminei meu ensino médio muito cedo, e aos 16 já estava na faculdade. Por ser muito nova, não sabia ainda qual caminho seguir. Como minha mãe é da área de saúde, aconteceu meio que uma influencia. Sem contar que eu sempre gostei de ter hábitos saudáveis e etc.


Um ponto que influenciou também era de que havia um "preconceito" em casa de mulher trabalhando com tecnologia, por que era "coisa de homem".

Logo no 3º período eu já não estava contente com o que estudava. Tentei procurar diversos outros cursos mas não me encontrava.


Acabei ficando toda minha graduação trabalhando em ICs (Iniciação Científica) dentro de laboratórios de Bioquímica e Biofísica, e lidando com estatísticas. Lá eu me sentia confortável, com dados e pesquisas.

No meu último ano de graduação eu conheci meu marido, que trabalha até hoje como desenvolvedor. Quando eu comecei a ver ele estudando, minha cabeça explodiu! Pedi pra ele me ensinar e começamos com o básico: HTML, CSS e JS. Mas front-end não era minha praia, então ele me ensinou Python e eu me apaixonei pela linguagem. Ele também me apresentou a comunidade Python e isso me ajudou muito! A medida que eu ia nos eventos, comecei a ver o mundo de dados e me apaixonei!


Como você aprendeu ciência de dados e como foi esse processo?


Tentei fazer uma outra faculdade, só que na área de tecnologia e não me adaptei. Acabei saindo pois queria algo mais prático, por mão na massa e ver como o mundo realmente funciona.


Aquele papo todo teórico algumas horas não reflete muito o dia a dia, sabe? Comecei a fazer aulas online no Coursera, Udemy, Udacity. Tudo de graça!


No começo não tinha como bancar nada, então só pegava conteúdos gratuitos. A comunidade Python também me indicou livros e eu devorei eles, rs. Foi nessa de procurar cursos que eu achei o Data Bootcamp, que tem aulas presenciais e online agora por conta da pandemia.


Isso acabou sendo fundamental porque me deu o que eu queria: praticidade, ver como funciona o dia a dia de um engenheiro e cientista de dados, sem contar o networking. A medida de consegui um emprego, fui conseguindo bancar uma pós na área de dados.


Como foi o processo de conseguir o seu primeiro emprego em tecnologia?


Todo mundo que eu conhecia da comunidade Python me indicou para vagas de perfil mais júnior. Fiz muitas entrevistas e demorei até conseguir algo.


Antes de ter um emprego de carteira assinada certinho, cheguei a trabalhar com meu marido (namorado na época) por 8 meses em uma empresa que ele também trabalhou.


Era uma empresa bem pequena então ele conseguiu conversar com o diretor, explicou a situação, eu fiz um teste e passei! Mas o networking que a comunidade me proporcionou foi fundamental para eu depois trocar de empresa, receber indicações e ter mais visibilidade.


Quais decisões você acredita que são importantes tomar, para alguém que está pensando em fazer a transição de carreira?

O que fomentou minha decisão foi conhecer pessoas que trabalham na área e me mostraram o lado bom e ruim da profissão. Acompanhar o dia de um deles foi ótimo também!


Na época eu não trabalhava e morava com meus pais, o que me ajudou um pouco a fazer a transição. Pra quem quer mudar, eu sugeriria estudar um pouco nos finais de semana conteúdos que são gratuitos mesmo! Tem muita coisa de graça na internet e que ajuda bastante :D

Para as Nutricionistas que estão pensando em fazer a transição de carreira, quais dicas você dá a elas?


Não desista! De verdade! Dá medo, dá muito medo. As vezes eu me pegava questionando se tinha feito a melhor escolha, porque o começo é difícil a beça.


Primeiro, você tem que aceitar que sua graduação talvez não foi a escolha ideal mas que você vai usar o que aprendeu para outras coisas. Eu pensei em desistir várias vezes, mas tive um apoio muito grande de amigos e do meu marido. Isso me deu forças pra continuar.


Ah! E experimenta falar que vai desistir numa roda de encontro de Python? Tomei várias "broncas" para não desistir!

Como é seu dia a dia no trabalho?


Hoje estou num emprego mais tranquilo, até mesmo pela posição que eu tenho. Mas no começo era pura correria! Trabalhei em agencia de publicidade e eu não tinha como respirar as vezes.


Trabalhei em projetos grandes, mal estruturados que me deram dor de cabeça. Todos eles me ensinaram muita coisa, e foi super importante ter passado por todo esse perrengue. Sem eles, eu não teria sido "lapidada".


Hoje eu tenho mais senioridade para perceber do início quando algo não vai dar certo, quando um projeto precisa ser revisto e tal. Um ponto importante é que eu nunca paro de estudar. Sempre tem coisa nova todo dia e se manter atualizado é importante. Então no meu dia a dia eu sempre separo um tempo para ler blogs e papers acadêmicos.

Quais são seus planos para o futuro em relação a sua carreira profissional?


Quero cada vez mais me especializar na área de dados e talvez fazer uma pós na área de Inteligência Artificial. Estou procurando também um mestrado para fazer.


Além disso quero me envolver mais ainda no processo de lecionar conteúdos para outras pessoas. Adoro passar conhecimento, é uma forma de eu agradecer e replicar o que fizeram por mim no começo.


Você possui alguma mensagem final que não mencionamos nas perguntas?


Nunca desistam de mudar! Não achem que é bobeira só porque alguém disse que não vale a pena. Só vai!


 

Gostou da entrevista e quer falar com a Gláucia? Chama ela no linkedin!

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